O que há de novo no IATF 16949?

14/09/2017

Além de adotar a estrutura de alto nível da ISO 9001: 2015, a IATF 16949 incorpora uma série de novos requisitos além dos encontrados na ISO / TS 16949. Esses novos requisitos incluem:

  1. O monitoramento de peças e acessórios de segurança;
  2. Garantir a rastreabilidade dos produtos de acordo com os regulamentos e normas aplicáveis;
  3.  Requisitos para produtos com software embutido;
  4. Implementação de um processo de gestão da garantia;
  5. Requisitos mais claros para a gestão e desenvolvimento de sub-fornecedores;
  6. Requisitos de responsabilidade corporativa;
  7. Requisitos para auditores de primeira e segunda parte;
  8. Referência direta à metodologia TPM (Total Productive Maintenance).


Questões-chave para a transição para a IATF 16949

Após primeiro de outubro de 2017, não serão realizadas auditorias (inicial, de vigilância, recertificação ou certificação) com base na ISO / TS 16949: 2009. Uma auditoria de transição é o principal mecanismo pelo qual as organizações que estão atualmente certificadas podem obter a certificação para essa nova norma. Espera-se que uma auditoria de transição seja uma auditoria de sistemas completa, equivalente à profundidade e à duração de uma auditoria de recertificação. Quaisquer não-conformidades identificadas durante a auditoria devem ser tratadas satisfatoriamente no prazo de 60 dias após sua conclusão.

É importante notar que as auditorias de transição devem ser conduzidas dentro do ciclo de auditoria estabelecido (auditorias anuais ou auditorias de recertificação) para a certificação ISO / TS 16949 existente. Se não o fizer, será necessário que uma organização realize uma auditoria abrangente de certificação inicial, o mesmo que seria exigido de uma organização anteriormente não certificada.

Outra consideração importante é a escolha dos organismos de certificação terceirizados. A IATF está revendo a acreditação de cada um dos seus organismos de certificação existentes, e alguns terceiros acreditados para conduzir as certificações ISO / TS 16949 podem não satisfazer os critérios de acreditação para a realização de certificações IATF 16949. No entanto, a mudança de organismos de certificação no momento de uma auditoria de transição não é permitida, independentemente do motivo da alteração. Assim, uma organização que pretenda alterar o seu organismo de certificação terá de recertificar a ISO / TS 16949 com o seu novo organismo de certificação em 2017 e, em seguida, conduzir uma auditoria de transição para a certificação IATF 16949 antes do prazo de setembro de 2018.

1) Competências do Auditor de Primeira e Segunda Parte

A IATF 16949 acrescenta requisitos adicionais para auditores de primeira e segunda parte e que incluem:

• As organizações devem ter um processo documentado para avaliação da competência do auditor interno;

• Ao treinar auditores internos, informações documentadas devem ser mantidas para demonstrar a competência do auditor;

• As organizações devem demonstrar a competência de auditores independentes e auditores independentes devem satisfazer os requisitos específicos do cliente para estarem aptos à auditoria.

• Os auditores devem estar aptos à conduzir a auditoria segundo uma abordagem de processos sempre considerando e conhecendo os processos e requisitos específicos do cliente.

2) Pensamento baseado no risco

ATF 16949 exige que "as organizações assegurem a conformidade de todos os produtos e processos, incluindo peças de serviço e que são terceirizadas. Esse uso da palavra garantir implica que a organização precisa estabelecer e manter um sistema que mitiga o risco de não conformidades em toda a cadeia. A organização é, em última instância, responsável e deve encadear todas as exigências aplicáveis no fornecimento até o ponto de fabricação.

A norma reforça o conceito de "abordagem multidisciplinar ao longo de todo o ciclo de vida do produto durante as atividades de planejamento de projeto e desenvolvimento". IATF 16949 adiciona controles para a gestão de desenvolvimento projetos ao longo do ciclo, o que acaba por concluir com a aprovação do produto.

As organizações precisam adotar um processo para avaliar o risco em caso de alterações no processo e tomar as medidas para sua mitigação. De acordo com IATF 16949 as principais alterações que demandam uma avaliação de risco incluem:

• Avaliar alterações de projeto após a aprovação inicial do produto;

• Revisão dos planos de controle quando de mudanças que afetam o produto considerando também processo de fabricação, medição, logística, fornecimento e mudanças de volume;

• Ajustar a frequência das auditorias internas com base ocorrência de mudanças no processo.

3) TPM (Total Productive Maintenance)

De acordo com o item 8.5.1.5 Manutenção Produtiva Total, a organização deve desenvolver, implementar e manter um sistema documentado de manutenção produtiva total. Esse item é interessante pois aborda diretamente o termo TPM e não somente a sistemática de gestão de manuteção da versão anterior. Isso implica conceitualmente em uma manutenção orientada para a os indicadores de OEE, MTTR e MTBF e poderá gerar questionamentos em termos de adequação e seu atendimento. Vale ficar atento e buscar as referências do JIPM para o que representa efetivamente um programa de TPM implantado.

Pois bem, agora é correr contra o tempo pois existem mudanças sutis porém importantes. A IATF 16949 fica mais alinhada aos requisitos da ISO9001:2015 e apresenta novos requisitos relacionados à responsabilidade corporativa, gestão da cadeia de sub-fornecedores, TPM, gestão de riscos e avaliação das competências dos auditores (entre outros). A sugestão é estudar seu conteúdo, buscar uma consultoria de confiança e elaborar um cronograma para estarmos prontos antes de outubro.


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